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Faculdade de Filosofia: Teoria do Conhecimento

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Faculdade de Filosofia: Teoria do Conhecimento é uma disciplina do curso superior de Filosofia.



É uma disciplina obrigatória nos cursos de filosofia, já ficando na grade curricular a partir do primeiro ano da faculdade. Ela é uma matéria que problematiza a origem do conhecimento. A partir da afirmativa de Aristóteles que "todo homem deseja conhecer", a Teoria do Conhecimento busca uma natureza para essa ação.

Essa busca, que vem desde os gregos, prevalece até nos tempos atuais. O fato de ainda não haver uma conclusão, sólida e consolidada, não diminui a complexidade deste tema, mas joga ao estudante de filosofia a necessidade de dar continuidade ao trabalho investigativo.

O que se estuda?

Na faculdade se inicia essa disciplina estudando "Discurso do Método", de René Descartes, onde o mesmo coloca em dúvida até mesmo sua existência. A origem do conhecimento de si é questionada. "Como saber que eu sou o que sou e não outra coisa?", um questionamento que é desenvolvido na obra, apontando outro problema: "Como diferenciar o que é conhecimento com crença?".

Esse questionamento ajuda a traçar todo o caminho percorrido pelos filósofos que se ocuparam desse problema: Qual é a origem do Conhecimento? Uma pergunta que embora ainda não se aponte para uma resposta reconciliadora com as demais escolas filosóficas, encontrando convergência, dá fôlego para olharmos toda a história da filosofia e sua dinâmica a partir da busca pela gênese do conhecimento humano.

Outros filósofos são abordados no estudo, como Parmênides, Platão, o já mencionado Aristóteles, Jonh Locke, George Berkeley, David Hume, Gottfried Wilhelm Leibniz, Immanuel Kant, entre outros. Todo o processo de aprendizado é teórico, em cima dos textos escritos.

Mas o estudo não se restringe a somente seus autores, também há a contextualização e localização de qual escola filosófica cada autor se inspira.

Partindo do reconhecimento da origem do conhecimento como um problema filosófico, representados pelo empirismo que acredita no conhecimento como fruto da experiência sensorial, e pelo racionalismo que coloca centralidade na razão como determinante na definição do que é "certo" e "incerto", destrincha-se dois campos filosóficos distintos que vez ou outra se chocam.

O problema da gênese do conhecimento em nosso cotidiano

Costumamos aprender na escola, através de livros didáticos, que a validade da Circunferência da Terra se deu a partir do Século XVI, com as descobertas de outros países para fora do continente europeu. Durante muito tempo uma geração de jovens foi educada dessa maneira, que não está completamente errada, mas há várias afirmações inconclusas e até mesmo equivocadas.

Na década de 80 do século passado (XX), era lançado pelo globo uma série em VHS chamada "Cosmos", tendo como protagonista o cientista e astrofísico Carl Sagan. Em seu primeiro episódio, "Os Limites do Oceano Cósmico", o cientista relembra a origem da teoria da Circunferência da Terra, que diferente do que é ensinado na escola, veio do Eratóstenes de Cirene, nascido em 276 a.C. na região hoje conhecida como Líbia, norte do continente africano. Uma descoberta que caiu no esquecimento durante século, só sendo resgatado um pouco mais de 15 séculos depois.

Essa informação me chocou de tal forma que fiquei por um instante paralisado. Como que por mais de uma dezena de séculos tal descoberta ficou simplesmente excluída de qualquer elaboração? Que atraso a humanidade sofreu com isso? Dois questionamentos que na época avaliei como importantes. Sem entrar no mérito metodológico de como no ano de 276 a.C. havia se chegado a essa conclusão, indaguei a um colega de faculdade que estava concluindo seus estudos em filosofia. Logo ele me apontou outro nome, Aristarco de Samos, que foi o primeiro que propôs que a Terra girava em torno do sol, e não o contrário. Fato este atribuído a Galileu Galilei, uma dezena de séculos depois.

Novamente minha surpresa tomava a face. Meu completo desconhecimento sobre a origem das teorias, atribuindo apenas protagonismo a quem deu continuidade, mostrou-me a importância de se levantar como problema que ao não nos atermos à origem das coisas.

A Teoria do Conhecimento veio para mim, na época, como um resgate epistemológico não só à origem do conhecimento mas também à importância de seu percurso histórico. Reconhecer isso é não só lançar como pergunta a origem das coisas mas também determinar se essa origem é correta ou não.

Eduardo Henrique Nascimento Silva, graduado em Filosofia, bacharel e licenciado pela PUC SP



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