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Faculdades de Geografia: Disciplina Didática é uma disciplina do curso superior de Geografia.
A disciplina é obrigatória e integra a grade curricular do terceiro ano do curso de Licenciatura em Geografia. Pode estar subdividida em duas disciplinas (Didática I no primeiro semestre e Didática II no segundo semestre, com 60h/a cada), ou constar como disciplina anual de 120 h/a (com metade da carga horária em aulas teóricas e a outra metade em estágio). No meu caso, cursei a disciplina semestral, com 60 h/a, e no semestre seguinte a disciplina de estágio em escola era chamada de Prática de Ensino em Geografia II, também com 60h/a.
A disciplina pretende apresentar ao aluno as principais teorias e correntes pedagógicas, auxiliando a formação do futuro professor. Trata-se mais de uma “pincelada” no assunto e uma breve introdução das principais teorias educacionais ao aluno.
Obviamente, as disciplinas de educação, tanto teóricas quanto práticas, não dão conta de formar um “super professor”, habilitado a lecionar sobre absolutamente tudo da sua disciplina e capaz de resolver todas as situações com que irá se deparar na sala de aula e na escola como um todo. Isso não aconteceu comigo e creio que nenhum curso o consiga. Entretanto, são fornecidos nesta matéria alguns importantes subsídios teóricos.
É nesta disciplina que são apresentadas pela primeira vez as principais teorias pedagógicas. Vale salientar que o “recorte teórico” pode variar consideravelmente de um professor para outro. Quando cursei esta disciplina, não a achei muito bem organizada nem bem apresentada, embora a professora tivesse Doutorado em Educação.
A matéria, muito resumidamente, foi:
1) Breve apresentação das teorias pedagógicas tradicionais (conteudistas)
2) Teoria construtivista
3) O método de ensino de Paulo Freire
4) O projeto pedagógico (PP) ou projeto político-pedagógico (PPP) da escola
Na disciplina que cursei (aulas semanais, das 7h30 às 11h), a metodologia variava. Algumas aulas eram expositivas dialogadas, mas também houve apresentação de seminários, atividades com o uso de cartolina e recortes (na qual se associava ilustrações com teorias educacionais) e debates com a classe organizada em círculo. Também havia a necessidade de leitura (em casa) de textos propostos para a próxima aula, e uma (extensa) lista de textos complementares para quem se interessasse. Esta professora não aplicou nenhuma prova tradicional.
Apesar de não ter havido uma prova tradicional, lembro-me de ter faltado em uma das aulas e posteriormente ter sido chamada pela professora para “fazer uma prova oral” sobre aquela teoria pedagógica. Quando cheguei na sala, foi apenas um bate papo descontraído para verificar de maneira simples se eu havia de fato lido o texto e entendido o autor.
Apenas um semestre não permitiu um maior aprofundamento nos temas mencionados. No entanto, as indicações de leituras foram fundamentais e muitas destas indicações fui lendo ao longo da minha vida profissional, o que me forneceu também um amadurecimento teórico.
Essa disciplina é o primeiro passo para o professor se familiarizar com a teoria educacional e possíveis cenários da realidade escolar/sala de aula. Digo “possíveis” porque percebi uma boa distância entre o ponto de vista da universidade sobre a sala de aula e a sala de aula na realidade do professor formado.
Tatiane Silva, ex aluna do curso de Licenciatura em Geografia
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