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Teoria das Relações Internacionais. Faculdade e Curso

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Teoria das Relações Internacionais. Faculdade e Curso é uma disciplina do curso superior de Relações Internacionais.



A matéria de Teoria de Relações Internacionais (TRI) é uma das disciplinas básicas da formação de qualquer estudante de Relações Internacionais. Geralmente a disciplina é abordada em ao menos dois semestres, de acordo com as divisões estabelecidas em cada curso. Em alguns casos, Teoria de Relações Internacionais I e II, em outros, como na universidade onde estudei (UFABC), temos duas disciplinas: Abordagens Tradicionais de RI e Pensamento Crítico das RI. De qualquer modo, a disciplina apresenta em uma perspectiva histórica a constituição da área de Relações Internacionais, a partir das distintas teorias ou escolas teóricas que compõe este campo.

O que são as Teorias de RI?

As TRI são modos de interpretação da realidade internacional. Em suas diversas concepções epistemológicas, ontológicas e metodológicas, as TRI se apresentam como um conjunto de teorias que podem ser utilizadas pelos estudantes para analisar os fenômenos internacionais. Dentre as possíveis teorias a serem estudadas, destacam-se:

  • Liberais Utópicos, ou Idealistas
  • Realistas Clássicos
  • Escola Inglesa
  • Behaviorismo
  • Neorrealismo
  • Neoinstitucionalistas
  • Neoliberais
  • Marxismo
  • Teoria da Dependência
  • Teoria Crítica
  • Neomarxismo
  • Construtivismo
  • Pós-modernismo
  • Teorias Feministas
  • Teoria Pós-colonial

Os “Grandes Debates” das Relações Internacionais

De modo geral, as teorias são apresentadas a partir da ideia de “Grandes Debates”. No entanto, não há consenso entre os próprios teóricos de Relações Internacionais quanto à existência de um debate. Aqueles que argumentam em favor dos debates, afirmam que os modos de interpretação da realidade internacional estiveram condicionados às produções daqueles que compõem os debates; por outro lado, os críticos da ideia de debates dizem que os debates “escondem” outras produções teóricas, pelo fato destas não fazerem parte do que se convenciona chamar de “mainstream teórico”.

A ideia central dos debates é que o campo de Relações Internacionais foi construído historicamente a partir de debates teóricos realizados entre autores que tinham distintas interpretações sobre o que seriam as próprias relações internacionais, bem como quais seriam os melhores métodos para estudá-los. O mais comum é que os cursos de TRI apresentem apenas os primeiros dois “Grandes Debates”, enquanto o terceiro e o quarto costumam ser apresentados em disciplinas mais avançadas da graduação em Relações Internacionais.

Primeiro Debate: Liberais Utópicos, ou Idealistas x Realistas (clássicos)

O primeiro debate, entre idealistas e realistas, apresenta aquela que pode ser considerada a primeira formulação do que hoje é o campo de Relações Internacionais. Costuma-se dizer que este foi um debate ontológico, pois que as divergências se apresentam entre o que cada um dos teóricos acreditavam “ser” as relações internacionais. De um lado, idealistas, que tinham uma visão de algum modo pacifista, e do outro os realistas, com uma visão mais belicista.

Segundo Debate: Tradicionalistas x Behavioristas

O debate entre tradicionalistas e behavioristas é o segundo debate das Relações Internacionais, e que apresenta como ponto central a questão metodológica, isto é, o “como estudar” as relações internacionais. De um lado, tradicionalistas, com uma abordagem histórica e qualitativa, muito ligada ao campo do Direito e da História; do outro lado, behavioristas, com uma abordagem e quantitativa, vinculada ao campo da matemática e estatística.

Terceiro Debate: Debate Interparadigmático

É difícil definir a natureza do terceiro debate, bem como os sujeitos deste debate. De modo geral, pode-se identificar a tentativa de expandir as concepções tradicionais/clássicas das Relações Internacionais, daí se dizer de um debate entre positivistas e pós-positivistas.

Métodos de estudo

O fato de ser uma disciplina fundamentalmente teórica faz com que a carga de leitura seja relativamente alta, exigindo algum tempo de dedicação às leituras para que se possa tirar o máximo proveito da disciplina.

Apesar das divergências quanto a existência de um debate, uma possível estratégia é tentar compreender as Teorias de Relações Internacionais a partir da ideia de “debates”, por meio de tabelas comparativas. Ao se fazer isso, é possível compreender as coisas de modo relacional – entender que behavioristas se opõem aos tradicionalistas, por exemplo, é um meio de compreender tanto um quanto o outro.

Considerações Finais

Ao final do curso, espera-se que os alunos sejam capazes de analisar os fenômenos internacionais de modo mais coerente, por meio de um instrumental analítico apresentado pelo curso de Teoria de Relações Internacionais.

Gustavo Rodrigues Lemos, Bacharel em Ciências e Humanidades e Bacharel em Relações Internacionais pela Universidade Federal do ABC (UFABC).



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