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Faculdade de Farmácia: Química Orgânica é uma disciplina do curso superior de Farmácia.
O que esperar da disciplina?
Em cursos de nível superior, na disciplina de química orgânica temos contato com compostos orgânicos, moléculas orgânicas, suas nomenclaturas, propriedades, estruturas moleculares e mecanismos de reações, além de sua aplicação na pesquisa e na indústria.
Sendo assim, são estudados tópicos como ligações químicas e polaridades de compostos orgânicos, forças intermoleculares e propriedades físicas destes compostos e moléculas, solubilidade, ponto de fusão e ebulição, e densidade. Com relação às moléculas orgânicas, vemos os tipos de cadeias carbônicas existentes, e grupos funcionais que caracterizam cada cadeia molecular.
Entre os tipos de moléculas e grupos funcionais estudados, temos estruturas de hidrocarbonetos – estruturas formadas apenas por átomos de hidrogênio e carbono, e suas classificações e nomenclaturas; vemos alcoóis, cetonas, aminas, éteres, aldeídos e ácidos carboxílicos.
Depois de estudadas as estruturas e propriedades das cadeias orgânicas, é estudado o mecanismo de reações orgânicas, seus tipos, condições, e possíveis compostos obtidos. São estudados também, em muitos casos, processos de obtenção de compostos orgânicos através de reações.
Dependendo do caso e do curso, existem disciplinas separadas de química orgânica I e química orgânica II. No geral, em química orgânica I são apresentados os compostos orgânicos e suas propriedades e funções básicas, classificação das moléculas e nomenclaturas, e funções básicas de cada grupo funcional. Por outro lado, em química orgânica II, são apresentados os mecanismos das reações orgânicas, como ocorrem, condições e resultados, além de processos de obtenção de alguns processos orgânicos.
Inicialmente, é claro que o nível de dificuldade tem relação com volume de conteúdo da disciplina. Como se estuda a maioria das moléculas orgânicas, o conteúdo de estudo e dedicação pessoal exigido para a disciplina é bem grande. Pessoalmente, na minha graduação, provas práticas eram exigidas, além de provas teóricas, onde tínhamos que reproduzir procedimentos e analisar e identificar compostos. O maior problema enfrentado por mim foi nas aulas práticas, que são corridas demais e, no fim, devemos produzir relatórios completos sobre as análises.
Quando imaginamos que a disciplina é complexa e trabalhosa, podemos ver o nível de dificuldade e de dedicação exigido. Na UFABC o período letivo é diferenciado de outras universidades, adota-se um esquema quadrimestral (3 a 4 meses) e, consequentemente, torna-se muito mais difícil acompanhar a disciplina. Cada análise demanda tempo e estudo para produção dos relatórios nas aulas práticas, além de bastante estudo individual, para que o conteúdo denso seja bem assimilado pelo aluno.
Outro obstáculo que encontrei foi na produção de relatórios das aulas práticas. O tempo era curto para que realizássemos as análises e redigíssemos o relatório, identificando seus resultados e os demonstrando com base em cálculos. Com a cobrança pelo curto período de tempo, acaba-se por não absorver o conteúdo de forma proveitosa. Por este motivo, recomendo ao aluno ler sempre o roteiro da aula prática com antecedência, e preparar um esboço do relatório antes da aula prática. É importante, também, dividir tarefas com seu grupo de trabalho no laboratório, para otimizar o tempo da aula.
A assiduidade nas aulas expositivas é, sem dúvidas, a melhor maneira de estudar para essa disciplina, em nível teórico, e gerenciar o seu tempo durante as aulas práticas. O estudo individual, com a bibliografia sugerida, a cada aula, é essencial também. Acho importante salientar que se o discente deixar acumular conteúdo, a chance de se perder na disciplina é aumentada, pela grande carga de assuntos trabalhados.
A bibliografia geralmente recomendada é algum livro ou manual de Química Orgânica ou de Introdução a Química Orgânica da preferência do docente – por exemplo, do Salomons ou Allinger. Caso a disciplina seja dividida em dois blocos: química orgânica volume I e química orgânica volume II. A bibliografia sugerida geralmente não é financeiramente acessível, por isso recomendo observar se a biblioteca da universidade oferece algum exemplar para consulta.
Erika Mendes Daniel, estudante de Engenharia Biomédica na Universidade Federal do ABC, e técnica em Química pela ETEC Lauro Gomes.
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